O semblante não engana
O sofrer do teu coração
Até tenta fazer barganha
Mas só restou-lhe a solidão
O mal que te aniquila
É sempre culpar o outro
Não reconhece o próprio erro
Fazendo-se assim um indouto
Desde o amanhecer
Coloca a sua máscara
Na face o fenecer
Passando-se por forte
Mas a dor da consciência
Não a deixa repousar em paz
Porque corrompeste sua mente
Com ilusões tão abissais?
O externo te iludiu
Momentos provisórios
Da coragem se despediu
Olhos baixos pelo opróbrio
Mas é no inverso de teu peito
Que encontraria a solução
O conforto do teu leito
O alívio da razão
Necessário é arrepender-se
Destes atos tão insanos
Deixe de envolver-se
Com pensamentos tão profanos
Resgate a sua essência
Torne-se como uma criança
Purifique sua consciência
Ainda há esperança
Por Michele Mi
Tema: Márcia Rocher – Apucarana/PR