Tudo depende da visão
O que vê tua imensidão
Qual a exegese da expressão?
Desvende ó coração
O que parece ser ruim
Diante olhos mortais
Talvez não seja o fim
Mas desígnios celestiais
Onde está a saída?
Não vejo solução
Queria sentir a brisa
Cessar a lamentação
Recebi do alto do céu
O necessário ao meu corpo
Alimento doce como mel
Trazidos no bico do corvo
Minha carne pode estar ao chão
E todos zombarem de mim
Mas quem vê meu coração
E o prazer que sinto em mim?
A miséria está na alma
Que desdenha da sabedoria
Que não tem a vida na palma
E enlouquece na correria
Nem só de pão vive o Homem
Quem entende essa linguagem?
A matéria fenece, logo some
Estamos aqui de passagem
Recebi do alto do céu
O necessário ao meu corpo
Alimento doce como mel
Trazidos no bico do corvo
Por Michele Mi
Tema sugerido por: Roberto Marino – Embu das Artes/SP