Enfermidade epidêmica
Amplamente disseminada
Flagelos e grande polêmica
Numa sociedade enclausurada
A estatística não para
A todo momento um corpo se esvai
Na minha visão a coisa é clara
De tudo isso o que se abstrai?
Quem se preocupa com as almas
Aonde está o amor?
O dinheiro dá poder, tornou-se arma
A justiça perdeu seu valor
Consciências adoecidas
Pressionadas pelo sistema
Virou clichê a frase suicida
No palco a política e o dilema
Lobos devoradores
Saqueiam a céu aberto
Corja de opressores
Julgando ainda serem certos
O engano não se cansa
E trabalha na calada da noite
Muitos choram sem esperança
Enquanto dobram os açoites
Uma terra de ninguém
Empesteada pelo mal
A verdade ficou aquém
Amordaçaram o divinal
A contaminação vai além
Do pó miúdo da matéria
Ilusões dominam e tornam reféns
As almas simples e ébrias
Por Michele Mi
Tema sugerido por: Simone Nascimento – Taboão da Serra/SP