Flor delicada
Pétalas aveludadas
A poesia marcada
O encontro de almas adornadas
O jardim era sua morada
E uma visita inusitada
Um potro a observava
A sua beleza tão rara
Porte de cuidador
Ninguém arranca sua flor
A qual brotou-lhe em amor
Esvanecendo-lhe o resquício de dor
Seus olhos em brilho
Ao apreciar tamanha graça
Ela o sentia abrigo
E seu galopar contemplava
Estimação mútua
Num ambiente propício
Encaixaram-se feito luva
No cenário paraíso
Ele sonhava ser pássaro
Para alimentar-se daquela flor
Néctar adocicado
No bico de um beija flor
Pelo campo saltitava
Feliz pela companhia
A tal flor era regada
Pela chuva serôdia
E sua água remetia-o
Os cristais mais valiosos
Há de chegar o plantio
No tempo que não é relógio
Cada um no seu papel
E o arco íris no céu
Desenha-se um anel
Que cobre a pureza em véu
Verdadeira aliança
Formada em confiança
Borboleta entra na dança
Nas cores da esperança
Uma relação veraz
Genuína em autenticidade
Na busca da mesma paz
Recíproca pela verdade
Patricia C.