Poesia: “A prisão do medo”
Aprisionou-se
Na covardia
O medo apoderou-se
Antes que fosse dia
Se houvesse amanhecido
No âmago de seu imo
Há muito teria esvanecido
Clareando então o seu destino
Não voltaria atrás
Esquecidas seriam suas correntes
Não encontraria-se em cartaz
O que a libertou repentinamente
Gostaria que assim fosse
Porém, não lutou
O grilhão no pé e ao pescoço a foice
E uma garganta que não gritou
Vejo olhares em solitária
De forma mais ordinária
Que situação precária
Ver as almas abandonadas
Por si mesma fora deixada
Pelo acovardamento apossada
Quiçá fosse libertada
Ou no mínimo acordada
Talvez um choque de realidade
Fazê-la cruzar com a morte
Só a verdade traz liberdade
Não conte nunca com a sorte
Levante-se
Tire forças de ti
Alcance
Só a coragem lhe fará sentir
Que o medo é ilusório
E precisa ser derrubado
Está no imaginário
O covarde é um fracassado
Fez-se inverno
Ó triste fraco
O amor é o remédio
Não sejas um derrotado
Patricia C.
Listen to A prisão do medo – Poemas byrazaodavidardv on hearthis.at
Listen to A prisão do medo – Poemas byrazaodavidardv on hearthis.at