Num canto
Um doce canto
Encanto-me
Encontro-me
É a sabedoria silenciada
Notas suaves maestradas
Onde minh’alma pairava
E o pensamento flutuava
Ganhei asas invisíveis
Furtacor, incríveis
Desenhava o arco-íris
Ultrapassando minha íris
Mas era nítido
O céu estava límpido
Nada híbrido
Alma espelho e espírito refletido
Sublime simetria
Em simplicidade, sacia
Contorna em tons de alegria
Candeia que alumia
Sustentabilidade
Com gosto de liberdade
É a retidão da verdade
O amor em cumplicidade
Nas alturas
Em alvura
Longe da ditadura
Ditada de forma crua
Um lugar aparentemente distante
Aqui mesmo, em outro instante
Luz perene penetrante
Faz de mim viajante
Estagno no infinito
Dentro do meu interno sensível
Vou além, conquisto
Nada temo, resisto
Aqui as leis são grifadas
Nas tábuas do coração
Letras absorvidas e cuidadas
No livro da minha imensidão
Que este amor permaneça
E em minha terra floresça
E cada vez mais ele cresça
Que sua flor em mim prevaleça
Por Patricia Campos