Em cada olhar
Apresentava-se um caminho
A verdade estava a implantar
Ali seria o seu destino
No reverso
No imo bem submerso
Difícil espelhar em versos
O que não se vê no externo
Uma questão de escolha
De sair de sua bolha
Antes que ela estoure
E não haja descanso e nem sombra
Vejo bocas gritarem
Sobre o livre arbítrio
Quem dera ao se voltarem
Compreendesse de fato o que é isto
Palavras frívolas
Demasiadas em distorção
No fim serão bem sentidas
E o arrependimento cairá de supetão
O enxergar deve ser longínquo
Dentro do infinito
Pequeno se faz, quem não busca sentido
E caminha em seu caminho perdido
Tateando o breu
Lugar este que não amanheceu
Não viu-se o sol se esqueceu
Da beleza do clarão do seu eu
Quiçá pudessem rever…
Há um caminho em você!
Que não verás o fim e nem irás perecer
Antes eternamente estarás à viver
Seja livre
E não tolo
Permita-se
Fazer parte do todo
Onde tudo se constrói
Cria e vive
Onde a alma não corrói
E nunca mais sentir-se-á triste
Segue o trilho
Do trem da vida
O céu será seu destino
A ultima estação, a infinda
Patricia C.