Poesia: “Liberte-se de si mesma”
Entristeceu-se
Ao ver-se presa
Encarcerou-se
Ó consciência
Foi ela mesma que enlaçou-se
Nas miragens de seus devaneios
Triste flor que murchou-se
Arrependeu-se de cometer tal feito
E agora?
Por sua janela olha os pássaros lá fora
Liberdade que não tem hora
E ao fundo, o grito que aflora
O arrastar das correntes pesam
Seu barulho é ensurdecedor
O mar dos olhos que não cessam
E no peito os rastros da dor
Quando menos espera ela ouve:
Liberte-se de si mesma!
Uma voz que ouviu não muito longe
Tentando tirar-lhe a sentença
De dentro que ecoou
Voz suave com o timbre do amor
Talvez seja um anjo libertador
Em pensamentos ela indagou
Quem és tu que está a me falar
Porventura conhece-me?
Novamente ouviu ecoar,
Sou a chave de abrir correntes
Precisa libertar-se,
Antes que seu pó finde
Derrube o covarde e crie coragem
À quem não teme atravessa limites
Saia a desbravar sua terra
Arranque de sua flor os espinhos
Crave no imo a guerra
Escreva nova história, trace um novo caminho
Anime-se, ainda há tempo
Abra-se ó porta e sinta o vento
És portal da liberdade
Simetria da alacridade
Espelhe em ti a verdade
Por toda tua eternidade
Por Patricia C.