Feri-me
Ao deixar atingir-me palavras
A falsidade transgride
A ponto de corromper minha alma
Fui engodada
Por um olhar desleal
O traidor tem sua fala
A qual nunca é real
Convence a si mesmo
Acredita em suas mentiras
Converte o que está lá dentro
Vivendo de mera utopia
Uma hora
O engano é descoberto
Ao deparar-se com ele, chora
E o interno vira frio do inverno
Vem o dia
Em que não mais forjarás
Será o fim da alegria
Quando ninguém mais lhe acreditar
A verdade dói, mas cura
A mentira é muito crua
Uma palavra dura
Causa pranto mas faz atadura
Sedes sábio
E ande em veracidade
Alacridade é calço
Para quem busca liberdade
Não precisa prender-se ao traidor
Nós mesmos as vezes nos traímos
Quando estamos entregues ao opressor
Que nos fere com atos torpes, incontidos
Bem diz um ditado
“A mentira tem perna curta”
Não alie-se a um dissimulado
Onde suas palavras não perduram
Há um dentro de ti
Que é ponto de fidelidade
Que tudo o que quer é lhe sentir
E levar-te a ser feliz na eternidade
Por Patricia Campos