Suas mãos ao léu
Seus pés sem base
Olhou para o céu
Perdida em seu enlace
Sua miséria se faz nada
Uma mera ilusão
Uma mentira alimentada
A farsa de seu coração
Você corre para seus braços
Mas quando percebe caiu no abismo
Você quer morar em abraços
E não percebe seu egoísmo
Sua fala distorcida
Seu andar torto
Seu jardim sem vida
O fardo carregado por seu corpo
O cansaço no fim do dia
A voz embargada ao se deitar
Passos sem sabedoria
Afogando-se nas profundezas do mar
Corre para se enlaçar
E abraça o vento com seu véu
O mais puro lar
Se transforma em um bordel
A pena de suas ações é eterna
Sua crise existencial em dilema
Não se encontra, não se preza
Encontrou-se em problemas
Há um de braços abertos
O sorriso é seu intento
Mas o pranto cai incerto
Por esperar muito tempo
Asna selvagem, disseram
Acostumada ao deserto
O mortal quiseram
Agindo ao contrário do que é certo
Por Luiza Campos