Como pode ser tão frágil?
Voa como o pó
Não sabe o dia do naufrágio
E não há quem sinta dó
Cada um por si
E nada pode mudar
A luta pelo porvir
Apenas eu que posso travar
Age o corpo como o universo
Em união com seus membros
São as paredes do inverso
De verso em verso em seu templo
Alma infinda
Como arte para os admiradores
Um balde de tinta
Em um quadro sem cores
A beleza que se vê
Manifestada por seu reflexo
Espelho que se lê
Entendendo um complexo
Fruto de uma obra tão perfeita
Sua fragilidade comparada com vidro
Tudo desmorona como areia
E os cacos ficam pelo caminho
Minuciosos atos sobre ataque
Precisa responder sua jogada
Colocando o inimigo em xeque-mate
Com ele entendendo sua tacada
A luz guia os passos de quem a procura
A vida abriga quem pede um lar
Abra o peito para a cura
Entendendo a liberdade quando começar a voar
Por Luiza Campos