De dia eram trevas
Sua visão sem alcance
Seus braços enlaçados com o mal
Era dia infame
E sua fala era imoral
A noite é infinda
Mesmo sabendo que é dia
A loucura sem saída
Por agir sem sabedoria
És tola em suas ações
Ao pisar em areia movediça
Há tempos ouve as ilusões
Encontrando-se perdida
De dia eram trevas
Ao entardecer também
Vivia em guerra
Sem saber quem é do bem
Sua cabeça a mil
E suas palavras sem cessar
A corda por um fio
Seu mundo estava prestes a desabar
Adrenalina vem ao seu coração
Indagando-se sobre suas escolhas
A chave está em suas mãos
Mas vive dentro de sua bolha
Universo fechado
É prisioneira de seu interno
Pisa em falso
Desistiu de seu eterno
Quando vai entender
Que sua transformação depende de você?
Ninguém vai acordar-lhe para viver
Jogue água fria em seu ser
Não é questionável seus atos
Nem louvável uma explicação
Por que traçar falsos laços
Em uma escuridão?
Acorda todos os dias vendo o nada
E seu caminho afunilando devagar
Enquanto isso encontra-se paralisado
Como esperando para ver onde vai dar
A tempestade chega de mansinho
Enquanto ainda não encontrou nem um lar
Desafina o passarinho
E você ainda não aprendeu a nadar
Encontre sua base de fortaleza
A rocha bem fundada em seu imo
O mundo lhe oferece sua riqueza
Mas traz tristeza para seu tino
Por Luiza Campos