Mergulhou em um mar de emoções
Transbordou paz em teu olhar
Banhou-se na assiduidade dos corações
Amou sem hora, sem lar
Transpareceu sua completude
Em cacos derribados ao chão
Aos pedaços da plenitude
Alinhando sobre sua imensidão
Costura suas vestes
Traz o traço as suas pinturas
Dá forma a luz celeste
Sobre suas nuvens e plumas
A altura do inatingível
Tocando seu alcantil
Enxergando o invisível
Arrepiando as águas do rio
Enquanto cai o doce do céu
Pairando sobre o solo sem base
Mas ao tocar distribui o mel
União de um grande enlace
A lua se vai com sua nudez
Deixando o calor do sol
Inverno com sensatez
Deu lugar ao girassol
Imergir em alacridade
Encontrar em si a vida
Aprofundar-se na verdade
Mergulhando na sabedoria
Abrir os olhos para tal grandiosidade
Em universo sem lei
Onde tua fala é tua veracidade
E teu ser é o rei
Incomparável a coisas mundanas
Onde não entenderia o mortal
Como pode ser tão insana?
Incapaz de enxergar o transcendental
Aprofundar-se em seu próprio ser
Encontrar-se em tua casa
Permitindo-se viver
Libertando a vontade de voar de suas asas
Por Luíza Campos