A liberdade acenou
Pegou as correntes e entrelaçou
O tom desafinou
Tempo que se passou
A felicidade esboçou-se no vento
Tocou sua face e dançou para longe
Escolheu o relento
Saltando do monte
A benignidade observou seu cair
Enquanto lhe estendia a mão
Teu sussurro veio do porvir
Depois que caiu no chão
Os pássaros gritaram por sua alma
Cativou-se em ruínas
Enquanto escorria suas lágrimas
Cantavam sua sina
O mundo parou para lhe observar
Seu universo proclamou por seu acordar
Peito que não escuta o mar
Ondas invadiram seu lar
A vida esperando por tua consciência
Chorando com você
Cada passo um nó na sapiência
Emaranhou-se em falso ser
Tom casto
Em orquestra bem regida
Som fasto
Alma bem polida
Felicidade era pra reinar
Em um mundo sem lar
Trocam o sorriso pelo chorar
Deixam o rancor brotar
Inversão de valores
Murcharam as flores
Desbotaram as cores
Distribuíram as dores
Caiu do céu sua fúria
Veio em tempestades
Faleceu as almas nuas
As que não se agarraram a verdade
Mundo que gira dos avessos
Escureceu teu peito
Esvaziaram os cestos
Colheitas sem proveitos
Por Luíza Campos