Era escorregadio
Seu ego transbordava
Vulcão em teu alcantil
Seu pico que jorrava
Perigoso estar ao lado
Tudo se faz maior
Nada é igualado
Mas tudo provém de seu suor
Ninguém é superior
Assim é seu pensamento
Até comparando sua dor
Será superior seu sentimento
Olhos altivos
Em alta soberania
Nada lhe é coibido
Mas é rasa sua sabedoria
Acha estar em alto mar
E continua em sua margem
Não arrisca se mergulhar
Tem que manter a sua imagem
Complicado és
Difícil se faz
Da cabeça aos pés
Não encontra-se a paz
Sua visão obscura
Engana seus sentidos
Achando estar nas alturas
Mesmo estando perdido
Seu ego inflamado
Machuca ao tocar
O orgulho é seu estado
E nada poderá mudar
Sua fala torpe
Reverte a olho nu
Ninguém pensa sobre
Mas teu raciocínio é cru
Asas feridas
Alma no chão
Alça voo sem vida
Petrificado és seu coração
Soberbos
Quem os pode transformar?
Estão afogados em seus medos
E acham que estão a voar
Por Luíza Campos