Discorreu os versos
Vindo à mim
Meu universo
A história do serafim
O que me completa
Quem sou eu de verdade
Em fala de poeta
Coloco a veracidade
Descobrindo poema no coração
As três peças da vida
Matéria, consciência e salvação
O desfecho de toda sabedoria
Eu Sou és teu nome, disse
Ele faz-se nós
A simetria, insiste
Realidade deste pó
Deve colocar ordem
E tudo fluirá com a brisa
Nada se encontrará em desordem
Para tudo haverá uma saída
Encaixar a metáfora no peito
Como um quebra cabeça
Onde tudo se faz perfeito
Quando visto com clareza
Quem sou eu?
Quem somos nós?
A resposta não está no breu
Mas sim em todos vós
Desligar-se do pé de fruto
Conectar-se com os céus
Tu és o produto
A beleza por detrás do véu
És a liberdade
Que voa pelo infinito
Coibir-se da libertinagem
E agir pelo filho
Transcender o corpo coibido
Transpor desta matéria
Três eus encontram-se vivos
Cessando com toda miséria
Que há de falar de seu interno
E mostrar seus sentimentos?
Entender seu corpo eterno
E não render-se aos lamentos
Por Luiza Campos ?