Sua fala esquiva das flechas
Seus passos correm para longe do perigo
Sua boca profetiza fala de poeta
Mas seu peito vive corrompido
Aonde está sua verdade?
Perdeu-a e foi para longe
Sua luta por dignidade
Desconhecida no horizonte
Subterfúgio de um réu
Um peito sem saída
Pediu misericórdia aos céus
Mas lá só entra a vida
Se perde em suas próprias palavras
Acredita em suas ilusões
A pena para sua alma
É desconhecida aos corações
O amargar de seu ser
Invadiu sua essência
Procura o amanhecer
E se encontra sem sapiência
A dor da mentira sucumbiu suas entranhas
Não há mais verdade em seu imo
Não se chega ao céu com façanhas
E nem engana seu destino
Usou de subterfúgio
E encontrou-se na miséria
Agora não há refúgio
Para suas densas trevas
Seu sorrir pode satisfazer ao seu próximo
Mas sua falsidade é vista aos olhos da luz
O que é ou deixa de ser próspero
Em sua presença reluz
Por Luiza Campos